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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mico da calcinha.

   Penso, certas horas, que o planeta conspira contra minha pessoa.
   De manhã sempre saio de casa feito um polvo, na pressa nunca arrumo direito, na bolsa, as coisas que vou precisar ao longo do dia e costumo entrar no elevador carregando nos braços, bolsa, casaco, lanche, travesseiro (afinal são duas horas de soninho no ônibus), livros, revistas, etc. Haja braços pra tudo. Pelo caminho vou organizando toda a parafernália. Ah! Ás vezes ainda desço o saco de lixo, aproveitando a viagem de elevador. Mas nesse dia acordei atrasada, sai correndo do apartamento mas antes peguei um casaquinho preto de cima da cama para não passar frio no ar condicionado do ônibus. Já no andar térreo do prédio chacoalhei o casaquinho para esticá-lo e algo da mesma cor saltou longe. Um vizinho do edifício, um senhor distinto e muito educado, estava passando e falou: _ "Bom dia moça, caiu sua ... (nesse momento ele já havia abaixado para educadamente pegar meu pertence, já que eu não tinha mais mão livre pra isso)" . Ele não completou a frase e ficou parado sem ação com minha calcinha preta na mão. O que minha calcinha tem contra mim? Era hora de aprontar pegadinha? A pressa me salvou. Eu só agarrei a calcinha da mão dele, gritei um obrigada e disparei pela rua afora. A vergonha se aproximou aos poucos. Depois fiquei tentando imaginar o que deve ter passado pela cabeça do homem! Quem vai imaginar que a droga da lingerie que estava em cima da cama iria vir enroscada no casaco? ...

Um comentário:

  1. Tsk... tsk... tsk... Perdendo a calcinha pela rua, Telma!!! kkkkkk...

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